quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Lírios Possíveis-Poesia Temática de Gabriel Bicalho, por Clevane Pessoa de Araújo Lopes






Acima,o belo livro, com capa da artista aldravista Deia leal e também o poeta, no dia 16 de julho/2009, quando, no FESTINVERNo, lançou seu livro.
Lírios Possíveis-Poesia temática de Gabriel Bicalho

Lírios Possíveis-Poesia Temática de Gabriel Bicalho.


Clevane Pessoa de Araújo Lopes

"Ah meu irmão sombrios
(...)

Ah meu irmãos das sombras
(...)

( o primitivo selvagem
ainda habita em nós:
o sangue ferve nas veias )"

Gabriel Bicalho, in"fumaça nos céus"


Lírios Possíveis são todos aqueles , os conhecidos, os imagináveis e os difícieis de se imaginar-embora representados na arte aldravista de Deia Leal, bem à nossa frente, em cinco lindas versões liliáceas , na capa do poemário de Gabriel Bicalho,assim denominado.

Sempre admirei a maneira peculiar desse Poeta encarar o mundo e o redimensionar ou interpretar em versos.Esse seu novo livro(*),lançado dia 16 de julho , na cidade onde mora, Mariana, em Minas Gerais, no Brasil, tem uma característica marcante:é temática, não um mero feixe de poemas já escritos e reunidos por esse ou aquele motivo.Certa vez, Drummond me escreveu que nunca escrevera um livro -em vida, pois deixou poemas póstumos, onde o erotismo , por exemplo,foi base de inspiração ao longo de um tempio dimensionado intimamente.Contou-me, em carta-com a letra miúda e e elegante, que apenas juntava o que ia publicando nos jornais , aqui e ali.Não é esse o caso do mineiro Gabriel Bicalho (*).

O livro trata , de forma contundente, mas terna, da marginalidade-linguagem , incidents cotidianos, condições de vida, sentimentos e emoções.Somente um olhar de humanista poeta alcançaria tal precisão o des/gosto dessa gente menos favorecida..Gabriel Bicalho derrama-se, em Lírios Possíveis, na marginália (Ó tempora, ó mores!)de uma violência que pulsa nas veias dos oprimidos, o submundo no coração dos revpltados, a angústia e a fome de ser apenas isso:uma pessoa quetem direitos garantidos pela Leis dos Homens-que nem sempre as cumprem- e pelas leis Divinas.

Mergulha-se num mar de marginais , para quem o temor está dentro do paladar, muitas
vezes, com gosto de sangue, a escorrer pelos brônquios e exsudar-se da pele suja, suada de fugas e ataques...Pipocar de tiros a ensurdecer e rebentar os tímpanos-até os da imaginação.

O poeta Gabreil observa, registra, poetiza.Os versos fazem baliza e passam no teste de endurecimento que não perde a ternura, na lógica guevariana- pois ao sol da verdade inconteste, amolece e explode em estrelas, quais os tiros nas favelas :metáfora mui bela , quais os próprios lírios im/possíveis do poeta .

Todas as letras são minúsculas, a partir dos títulos.Não sobra nada, nada falta;anesse poemário, nem um finema é vão.os sinais gráficos ajudam a compor a progressão, a supressão.

Ao tomar na boca da alma, a primeira pessoa, em alguns dos discursos poéticos dos personagens que ali dimensiona, não eixa de tornar irmãos os miseráveis-tão frutos quanto ele próprio, de um mesmo Criador.

A edição é primorosa, em papel couché de boa gramatura, encomendada pela editora Aldrava Letras e Artes, em Mariana, às oficinas gráficas da Editora Dom Viçoso..Gabriel Bicalho, a quem eu conhecia como das nuvens,da manhã na roça,das muitas faces marianenses, e que me instava a posar, borboleta que sou, pode agora ser aplaudido sob novo título:poeta dos míseros, que ao seu escrever compassivo, não escapam de um novo conceito da beleza que apenas os bardos podem emprestar à tragédia humana , com toques de universalidade, mesmo que aponte o dedo para sinalizar brasileiros marcados por uma sovciedade de classes tão díspares, desprovidos de tantos direitos, até da Vida,quando precocemente roubam-lhes o precioso Bm.Um direito quase vão, nessas suas pobres histórias sem História.Mas que riquíssimos versos...

Clevane Pessoa de Araújo Lopes.

E eu não poderia concluir a prosa, sem lhe falar em versos:

A Gabriel Bicalho, sobre Lírios Im/Possíveis

Poeta ,
fal(h)as
em tentar mo(st)rar
na PORTA da brutal/idade
da fatal/idade
em qualquer tempo de existirem,
os que des/vivem,
com tais metonímias puras e lapidadas.
Somente consegues
criartear
no tear
do teu parnaso interior
metáforas tão belas
quanto fazer estrelas
na favela
ao pipocar das tuas metralhadoras
de ouro puro
que lançam constelAÇÕES
na escuridão dos miseráveis...

Com afetoe admiração:
Clevane Pessoa

Observação:

Aqui, eu optei por transcrever as notas que escrevi ontem , deitada por ordem médica, enquanto relia Os Lírios Possíveis,que me chegaram às mãos trazidos pela Poeta e também editora Tânia Diniz, nas Terças Poéticas de Brenda Mars (01/09/2009), sobre Poesia Sonora, onde fui convidada a interpretar -com gosto e deliciada-uma estrofe mais longa de "O "Mito da Mulher Poliglota".Desde que o livro foi lançado , queria lê-lo.À porta da AMI, em maio ou junho, mostrei-lhe a boneca de meu Olhares ,Teares Saberes, para que conhecesse o trabalho do amigo paranaense Kiko Consulin, poeta radicado no Maranhão, que o editou e me presenteou- pois editores gostam de cinhecer livros.Ele o folheou, aprovando e mencionou que iria publicar o seu, os olhos brilhando.

Quando estive em Mariana, para a tocante cerimônia de posse na ALB, deixei para os amigos aldravistas, em 30 de maio (**)exemplares desse meu livro novo.Gostamos, os poetas, de trocar impressões.E foi mesmo para nada deter o fluxo de minhas observações sobre Lírios Possíveis, que , ao final, prefiro repassar , escritas por outrem , as notas biográficas do grande poeta.


Eis então, a Biografia do Mestre em poetizar a vida:


"Gabriel José Bicalho, nascido em Santa Cruz do Escalvado, Estado de Minas Gerais em 14 de janeiro de 1948.

Teve sua formação cultural na vizinha cidade de Ponte Nova, onde residiu por muitos e muitos anos, desde a infância. Como funcionário do Banco do Brasil, morou em diversos municípios até se radicar definitivamente na histórica cidade de Mariana – a Primaz de Minas. Colaborou em diversos órgãos da imprensa, inclusive no “Suplemento Literário de Minas Gerais”.

Apareceu em livro pela primeira vez na antologia poética “Vôo Vetor”, da Editora do Escritor – SP em 1974, ano em que lançou seu primeiro livro individual de poesia “Criânsia”.

Obteve prêmios ou menções especiais e honrosas em numerosos concursos, sobressaindo-se a Menção Especial de Poesia que a União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro, conferiu a Criânsia, no Prêmio Fernando Chinaglia II em 1972.

Participou de várias antologias poéticas e têm poemas publicados em obras didáticas, revistas culturais impressas e eletrônicas.

Premiado no Concurso nacional de poesia - Literatura para Todos - MEC/2006, com o livro de poesia aldravista “Caravela – redescobrimentos”, entre milhares de livros, foi o único poeta selecionado de Minas Gerais para fazer parte da coleção do Ministério da Educação “Programa Brasil Alfabetizado”.

“Sua poesia tem um caráter singular e especial – a de aproximar o leitor do mundo da poesia, às vezes falsamente considerado difícil, mas na verdade aberto a qualquer um que queira experimentar seus prazeres. Um livro com textos densos e instigantes para prender o leitor do começo ao fim e fazê-lo raciocinar sobre o que sente ao ler cada um dos poemas escritos com apaixonada inspiração” (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade - Ministério da Educação).

Autor também de Euge, poeta! (1984), Poemas in: Aldravismo – a literatura do sujeito (2002), Apesar das nuvens (2004) e Enquanto sol - senda 02 de nas sendas de Bashô (2005) e livro de poesia: Beiral antigo (setembro/2007).

Gabriel Bicalho é grande incentivador de cultura em Minas Gerais , no país e estrangeiro. Promoveu, quando gerente da agência local do Banco do Brasil, exposições de artistas plásticos nas décadas e 80 e 90. Incentivou e incentiva novos talentos na poesia para divulgação de literatura e aprimoramento na arte de escrever. Criou jornais de divulgação literária em Mariana, dos quais se destaca o Jornal Aldrava Cultural que já está no seu oitavo ano de produção ininterrupta.

De sua obra, vale destacar o livro Caravela – redescobrimentos, 2006, premiado no Primeiro Prêmio Literatura para Todos, do Ministério da Educação e traz poemas que velejam muito além da pós-modernidade.

"É aldrávico esse Gabriel. Observador, sim, mas não só espectador. Aí ele traça a diferença que lança a aldrava na poesia. Bater, bater, bater, até que alguém venha abrir a porta do sentido que se deseja. Nada ensimesmado, nada autista, nada fora de contexto como os pós-modernistas de academia. O elitista “espectador atento” é chamado a sair da clausura ditada pelo imperialismo cultural das abraliques, das uebês, das academias, das congressites dos homens e mulheres de capa preta das ifes e ieés, para se popularizar, sem transformar-se em bunda, e dedicar-se a “ouvir o mar no marulhar ou ver o mar ao mar olhar”. (Donadon-Leal 2002).

Por esse fato, o livro de Gabriel foi premiado para ser livro de alunos recém-alfabetizados.

Embora sem pretender superar qualquer tendência, a superação desse autismo criado pelo endeusamento do sujeito pós-moderno, desinstitucionalizado para ser servido pelas instituições, é inevitável, e pode ser pensada na inconveniência de batidas insistentes das aldravas nas portas imperiais, que não se abrem para as cabeças interioranas, mas que, por não se abrirem, distanciam-se tanto do mundo em movimento, aldrávico, de batidas renitentes, de movimentos de corpos em rituais de acasalamento, que não há como dizer mais em revisitar o passado, como querem os umbertos, em parodiar ou ser interlocuções de minorias, ou ver somente o texto e o intertexto. O aldravismo é discursivo e interdiscursivo. O discurso da cartilha escolar dos anos 60, da insistência silábica da família “ra - ré - ri - ró - ru”, toma o discurso da incerteza do futuro do pretérito, para construir o discurso das possibilidades ramificadas, próprias do reconhecimento das vozes polifônicas dos discursos: “ramaria / remaria / rimaria / romaria / rumaria”, num conjunto de substantivados coletivos, ecos polifônicos das navegações dáblio-dáblio-dáblio. É a superação do texto. É a compreensão do mundo dos discursos como negação da pretensiosa idéia de interpretação. Gabriel não é só poeta, ele é craque na poesia. (Donadon-Leal-2002)

– Foi fundador e diretor cultural do Jornal “CIMALHA” em 1997 e do folheto literário “4 ou mais poetas” também em 1997.
– Presidente da Associação Aldrava Letras e Artes.
– Membro da Academia Marianense de Letras e da Academia Barbacenense de Letras.
– Cônsul em Mariana de Poetas del Mundo.
– Delegado da União Brasileira de Trovadores - Sessão Mariana, MG
– Vice-Governador do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais em Minas Gerais.

Fonte:
http://academialetrasbrasilmariana.blogspot.com/
Postado por José Feldman, in http://singrandohorizontes.blogspot.com/2009/04/gabriel-bicalho-1948.html

(**)Mais:
POIETISAS_Llobus_Clevane - 45 visitas - 7 set.Aqui, antes minha posse na Academia de Letras do Brasil-ALB/Mariana, cadeira número 11, Laís Correa de Araújo, ... Em 30 de maio de 2009-Mariana-MG ...
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gabriel Bicalho, no lançamento , Festinverno-Ouro Preto/Mariana

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Saciedade dos poetas Vivos-estou no número 5, em boa companhia, claro





Fonte:
* Verdeveredas-->http://www.45graus.com.br/verdeveredas.php?m=10&a=2008
Originalmente, a antologia virtual pode ser aberta e lida em www.blocosonline.com.br



Conheça a Antologia "Saciedade dos Poetas Vivos"
"Saciedade dos Poetas Vivos nº 5"




Poetas:
Antonio Carlos Secchin

*Clevane Pessoa de Araújo*

Christina Ramalho
Dora Dimolitsas
Dora Tavares
Évanes Pache
Geraldo Carneiro
Jania Souza
Juçara Valverde
Luiz Otávio Oliani
Luiza Josefina Varaschin
Marco Faria
Marcos Freitas
Maria Helena Bandeira
Neuza Ladeira
Ricardo Alfaya
Vera Casa Nova

"Nos últimos dias de outubro de 2006 lançávamos a Saciedade dos Poetas Vivos Digital nº 1. Ainda não comemoramos um ano, portanto, e estamos no quinto volume, havendo poetas nos perguntndo já pelo próximo. O conjunto de vários fatores contribuem para este êxito inconteste, tornando o projeto diferente em um momento em que em geral privilegia-se mais a quantidade de participantes do que a qualidade estética: 17 poetas apenas (fazendo com que todos se sobressaiam mais), escolha seletiva criteriosa, enorme carinho pelos poetas convidados, intenso amor pelo projeto e a certeza de estarmos, em cada volume, apresentando propostas poéticas relevantes e significativas, incluindo nomes renomados da poesia brasileira, dando brilho ainda maior ao nosso trabalho – de garimpo literário, como costumamos descrevê-lo.

O tema deste volume nº 5 é NOTURNOS: Noites, noitadas e madrugadas: as noites temporais – com suas luas, estrelas, brilhos, insônias e boemias – e as simbólicas, envolvendo trevas, escuridão, desesperança, obscuridão, cegueira, ignorância, morte. Noites altas, noites fechadas, noites em claro, noites mortas, novas noites. Registros, flashes de momentos e sentimentos, de paixão ou solidão, de descanso ou tumulto. Noturnos: berceuses ou notas inquietantes de harmonia polifônica, a noite como boa ou má conselheira. As madrugadas e suas inerentes ressurreições.

Toda a carne, à meia-noite,
silenciará.
E a voz da primavera anunciará,
correndo,
que, apenas amanheça o dia,
a morte estará vencida,
pelo esforço da Ressurreição.

- Boris Paternak
(trad. Haroldo de Campos)

Lúcidos e trans-lúcidos os dezessete poetas da Saciedade dos Poetas Vivos Digital nº 5 nos deliciam com seus mais diversos e exuberantes compassos: com a poesia intimista de Clevane Pessoa; com a filosófica, de Christina Ramalho; com a lírica de Dora Dimolitsas; com a fotográfica de Dora Tavares; com a minimal de Évanes Pache; com a realista de Jania Souza; com a passional de Jussara Valverde; com a melódica de Luiza Varaschin; com a existencial de Luiz Otávio Oliani; com a dramático-teatral de Marco Faria; com a sinestésica de Marcos Freitas; com a crítico-surreal de Maria Helena Bandeira; com a fragmentária de Neuza Ladeira; com a evocativa de Ricardo Alfaya; com a reflexiva de Vera Casa Nova.

Para completar nossos dezesete poetas, convidamos dois nomes sobejamente conhecidos e reconhecidos no cenário literário brasileiro. Temos muita honra e prazer de contar com a poesia de Antonio Carlos Secchin, professor catedrático de literatura da UFRJ, Prêmios Nacionais como poeta da Fundação Biblioteca Nacional e PEN Clube, e membro da Academia Brasileira de Letras; e Geraldo Carneiro, poeta, ensaísta, tradutor de Shakespeare, letrista, dramaturgo, roteirista de cinema e da TV Globo.

Na boca da noite, as vozes desses poetas ecoarção em sua vida, seja qual for a hora em que eles forem lidos. Carpe noctem."

Urhacy Faustino e Leila Míccolis
EDITORES

Lançamento oficial: 17 de setembro de 2007


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Créditos:
Capa: Vande Rotta Gomide
Título: Eduardo Feijó Netto Machado
Seleção de textos: Leila Míccolis
Webmaster: Urhacy Faustino

http://www.blocosonline.com.br/home/index.php

Borboletas nos Jacatirões,de Luiz Carlos Amorim



Foto:Luiz Carlos Amorim

BORBOLETAS NOS JACATIRÕES e LUIZ CARLOS AMORIM.

Clevane Pessoa de Araújo Lopes


Luiz Carlos Amorim, prosador de finíssima poesia, tem um especial amor pelas natureza e ama as flores de forma explícita em seus escritos.
Um dos prazeres de 2007,foi receber seu encantador BORBOLETAS NOS JACATIRÕES.
A capa,de Jonnny H.Kamigashima, tem o poder de, na concepção artística, literalmente colocar o autor entre flores e borboletas.

Quando lhe escrevi sobre a palavra "jacatirão", segui-se uma troca mui rica, onde eu falava de manacás-da-serra(conforme os conhecia aqui na Minas Gerais), ele me enviava fotos tiradas por ele mesmo, dos jacatirões.
.
BORBOLETAS NOS JACATIRÕES é da Editora Hemisfério Sul, em cujo Conselho Editorial está a Urda Alice Klueger, de quem temos publicado textos em meu blog (http:itaquatiara.blogspot.,com),Viegas Fernandes da Costa e Enéas Athanásio. A consultora de Português da editora é Daise Fabiana da Costa. Considero da maior importância essa consultoria. Muitos selos bem intencionados não submetem a obra ao olhar experiente de quem pode fornecer um parecer abalizado ao autor. A editoração é do capista mencionado, Kamigashima.

Cronista por excelência, Luiz Carlos Amorim, do Grupo "A Ilha", catarinense com formação na faculdade de Filosofia,Ciências e letras de Joinville,é no Brasil, um dos pioneiros na ocupação de espaços públicos, urbanos, não convencionais, para a apresentação da POIESIS:

São dele os projetos:

POESIA NO SHOPPING
POESIA NA RUA
POESIA CARIMBADA
PACOTE DE POOESIA
POESIA NA ESCOLA.

O Grupo Literário "A Ilha", dá um perfeito modelo de resistência,(qual o PSIU PoÈTICO, em Montes Claros ,MG):Mais de duas décadas (quase três, na verdade), de várias ações e intervenções de sucesso.
A idéia do Varal de Poesia, tão sobejamente imitado ( felizmente), tirava o Poeta de uma redoma , poemas de gavetas e o levava para apresentações publicas, emn saraus, praças, bares, enfim , onde a voz pudesse ser erguida.isso uniu sobremaneira os poetas, abriu-lhes oportunidades e levou o gosto pela Poesia além dos limites de um ócio que não mais pode ser aceito.É tendência mundial que as Artes e as Letras invadam perspectivas vpárias urbanas, entrosando o cidadão comum com autores e obras.BORBOLETAS NOS JACATIRÕES, um dos 22 livros de Luiz Carlos Amorim, apresenta ao leitor a esplanação leve e descontraída de seu autor.As rememórias unem-se a informações úteis e interessantes.Todas as relembranças de infância nos trazem , bem além da nostalgia, a devolução desse próprio período de vida.Há uma certa nostalgia, mas sempre permeada de energia e experiências de vida.O autor sabe tocar a alma do leitor:

(...)"Acho que gostaria de ter um dia,apenas mais um dia para mim e meu pai,para que pudéssemos preencher esse vazio,essa falta de alguma coisa que poderia ter sido,mas não foi,poderia ter existido,mas não existiu,poderia ter acontecido, mas não aconteceu.Essa sensação de amor contido,desperdiçado.Perdido.
Sinto saudade de ter saudade de meu pai".

O cronista é de uma filosofia de vida clara e consistente.O estilo jamais cansa, é agradável e ,muitas vezes, comovente.Colore e movimenta com os pensamentos papilonáceos, que tanto pousam em copas floridas, quanto descem às beiras de rio, pulsam em beirais,e, vibrantes, ascendem no espaço.
Belo livro.
Clevane

Publicado também em http://br.geocities.com/prosapoesiaecia/amorimautores.htm

terça-feira, 17 de março de 2009

sete dos e-books de clevane pessoa-download gratis












Amigos:Aqui,sete de meus e-books.

Download grátis.
Caso queira presentear crianças, há Os Anjos de milinha, A Indiazinha e o natal, A Estriga,O Anjinho da Árvore.
Vá ao endereço abaixo para baixar e pode copiar.
São de poemetos Sementes de Maracujá e Romã, com prefácio de Plínio Sgarbi.
Caminhares de Francesco é um poema longo, sobre São Francisco de Assis, também um banner criado por Marco Llobus.
As pequenas Notáveis , são histórias do Mundo Trovadoresco-e trovas, naturalmente.

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_c/clevanelopes_ebook1.htm

Ebooks


A ESTRIGA

Estriga: do grego (stygia, stryx), o mesmo que estrige, coruja, bruxa, feiticeira, vampiro. A estriga deste poema-estória... É uma vovó que pratica a magia branca, como todas as mulheres quando querem...

Download


SEMENTES DE MARACUJÁ E DE ROMÃ

"Resta ao leitor de Clevane, o garimpo incansável de buscar em cada linha de Clevane, o brilho da emoção e da reflexão." (Plínio Sgarbi)

Download


CAMINHARES DE FRANCESCO

"Em anuência à simplicidade, Francesco despe as vestes do poder, as personas da nobreza, troca o relativo pelo absoluto e sai pelo mundo a colecionar belezas..." Clevane Pessoa de Araújo Lopes.

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OS ANJOS DE MILINHA

"Esta história de Clevane, "Os anjos de Milinha", plena de ternura, de alegria, é um verdadeiro presente de natal." (Terezinha Pereira)



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A INDIAZINHA E O NATAL

"(dizem que virou um gênio do ar onipresente e brincalhão que só vive a assobiar)..." (Clevane)



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O ANJINHO DA ÁRVORE

"Neste conto, em particular, Clevane destaca o valor das tradições, dos pequenos rituais que unem a família em torno de um fato ou de uma pessoa."
(L P Baçan)

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AS PEQUENAS NOTÁVEIS
Memórias de uma trovadora

"Clevane Pessoa fala de tudo isso e muito mais neste precioso e-book, em que chama a trova de 'pequena notável'..." (A. A. de Assis)

Download

Índice de autores - Ebook

domingo, 1 de março de 2009

Outros Silêncios-José Geraldo Neres-FBN-Prêmio PROAC







Foto de Neres,na Bienal do Livro em Fortaleza,Ceará( Visite o site do evento:www2.bienaldolivro.ce.gov.br/sala-de-imprensa)...



Capas:versão de Pássaros de papel em Nuvens de Algodão, por L.P.Baçam(Vila das Artes, à época feotpo para a Biblioteca do CEN.

versão do e-book, por Maria Inês Simões,da AVBL,onde estou,tendo escolhido por patrono Lindolf Bell,poeta catarinense,líder da Catequese Poética.
Há outra versão desse livro virtual


Tenho um grande apreço por José Geraldo neres, a quem não conheço pessoalmente, mas de sua obra poética escrita, seu trbalho em "Palavreiros", onde estou, suas "Releituras" de meus poemas-colocadas em meus e-books,e também publicamos juntos o livro virtual "Pássaros de Papel em Nuvens de Algodão", onde não escrevemos paralelamente, mas somamos projetos prontos-meus minipoemas e os poemínimos dele.Há um apêndice onde respondo a uma série de deliciosos poemetos do Zé Geraldo.
Os "Pássaros de Papel" dele, em papel agora, já seguem um canto solo.
Sempre gosto de acompanhar e incentivar a carreira dos jovens.Saber de suas atividades teatrais (grupo "Formigueiro", de Diadema), das premiações, das incursões de poemas pela América Latina,via Internet, sues estudos de cianeasta, ler roteiros , enfim , criei em torno do poeta um borbulhante e rumoroso trabalho, a partir de seu silêncio criativo.
Um dia recebi um e-mail a dois:ele e o poeta mineiro Wilmar Silva encontraram-se em Fortaleza e conversaram sobre a amiga ausente.

Agora, com a alegria, recebo a notícia do livro acima exposto, que espero ler para comentar.Lembro que o prefácio é de outro excelente "Palavreiro', Claudio Willer, poeta também conhecido por suas palestras sobre os chamados "Poetas Malditos'

Clevane Pessoa de Araújo Lopes

Poeta Honoris Causa pelo Clube Brasileiro de Língua Portuguesa-para oito Países Lusófonos.
Acadêmica da AFEMIL_Cadeira Cecília Meirelles
Diretora regional do inBrasCI em bH/MG
Vice-Presidente do IMEL(Instituto Imersão Latina)

(Os títulos acima çao para homenagear as atividades às quais estou afiliadas, entre outras não menos acolhedoras, mas que divulgarei aos poucos).

Leiam abaixo a chamada e poemetos nossos:


"Obra realizada com o apoio do Ministério da Cultura do Brasil
Fundação Biblioteca Nacional
Coordenadoria Geral do Livro e da Leitura

Prêmio ProAC - Concurso de Apoio a Projetos de Publicação de Livros no Estado de São Paulo - 2008.

Capa e ilustrações: Floriano Martins. Texto de apresentação/orelhas: Afonso Henriques Neto. Prefácio: Claudio Willer.

160 páginas.

ISBN 978-85-7531-318-3

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El libro de poesías "Outros silêncios" de José Geraldo Neres, será lanzado el 15 de abril (Editora Escrituras), debido la premiación del Premio Programa de Acción Cultural – ProAC – Concurso de Apoyo la Proyectos de Publicación de Libros en el Estado de São Paulo, 2008 (30 libros autores/seleccionados), y antes de eso la beca creación de la Fundación Biblioteca Nacional (diez autores seleccionados en todo Brasil).

Tapa y las ilustraciones: Floriano Martins.
Texto de las orejas/presentación:: Afonso Henriques Neto.
Prefacio: Claudio Willer.
160 páginas.
ISBN 978-85-7531-318-3

Releituras de Neres sobre meus poemas:

Partes de Mim
a Clevane Pessoa de Araújo Lopes

rosa nebulosa
engaiolada no espaço:
alguém

ave sideral
mergulhada
nos sabores da alma
em medos espirais
poeira perplexa

corpo virgem
grávido
nos raios de um pequeno arco-íris

fúria

sementes

lendo: Partes de Mim, Clevane Pessoa de Araújo Lopes
re-leitura de José Geraldo Neres


Adagas

a Clevane Pessoa de Araújo Lopes

raro olhar
que faz sarar
o espanto de certas donzelas
ruídos da cidade
compasso
cheiro a rosa dos invisíveis portais
madrugada na alma de cada século
a história
a pedra
a brasa
bordada na pele

lendo: Partes de Mim, Clevane Pessoa de Araújo Lopes
re-leitura de José Geraldo Neres
26/03/2003



Chave

ínfimo
cosmos
mapa das almas,

evolução pequena
forma
traçada

irmão
nosso
à ele
transcender...


poesia: "Chave", autora: Clevane Pessoa de Araújo Lopes
re-leitura de José Geraldo Neres


lento tear
caracol de dias
o tempo arrasta a barriga
onda ardente da flauta de Pã
folhas caem: frutos de luz
o vento sopra a gestante
dança o desejo

nove meses
uma orquídea
de botões de carne


19/10/2002
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Em Pássaros de Papel e Nuvens de Algodão:


ORQUÍDEA

Neres:

Traz a rama
na trama do tempo
<>

ORQUÍDEA

Clevane:

Tear do tempo
tessitura ardente...

<<<>>>

GESTOS

Neres:

gestante,dor
grita uma criança
<>

GESTOS

Clevane

gestante amor:
ser...nove meses

>>>**<<<


SOPRO a CABEÇA

NERES:

Flauta doce
Chapéu de música
<>

SOPRO O CORPO:

CLEVANE:

Murmulho, onda,
Flauta de Pã...

<<<***>>>




OUTONO

Neres:

azul-orvalho
gotas de dias
<>

OUTONO

Clevane:

amarelo ouro
folhas que caem...


***<>***


Mariposa

Neres:

pousa no
beijo do sol
<>

MARIPOSA

Clevane:

micropano
a tecer luz..

<*>

ÁRVORES

_Neres:

fruto maduro
o dia abre flor

ÁRVORES

Clevane:

túmidos frutos:
frutas da flor...


<***>




O VENTO

Neres:

acaricia o dia
na relva sonolenta

O VENTO

Clevane:

sopra as copas
passa dentro do musgo...


***~***
Sobre Clevane:

http://www.ebooks.avbl.com.br/biblioteca1/lv1/passaros/sobreaautora.htm

Sobre Neres:

http://www.ebooks.avbl.com.br/biblioteca1/lv1/passaros/sobreoautor.htm




Para ler Pássaros de papel em Nuvens de Algidão, na íntegra, download grátis, vá ao link da AVBL:

http://www.ebooks.avbl.com.br/biblioteca1/lv1/passaros/

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

DOMINUS – Uma missão e suas histórias



"Release do Livro

DOMINUS – Uma missão e suas histórias



O que leva um grupo de talentosos jovens a abandonar seus entes queridos, para viajar pelo mundo em nome de sua fé? É o que busca responder o profissional de comunicação Joubert Amaral no livro Dominus: Uma missão e suas histórias, que relata sua experiência ao se tornar expectador de uma missão religiosa muito especial.

Durante 18 dias, o autor acompanhou de perto a rotina de shows da Banda Dominus, um dos maiores grupos de música católica do país, em uma turnê pelo interior do nordeste brasileiro. A banda, que completa em 2009 vinte anos de estrada, ganhou repercussão nacional ao se apresentar no evento que marcou o encontro do Papa Bento XVI com a juventude brasileira, em maio de 2007.

Além dos bastidores do mundo musical religioso, o livro também aborda a vida simples dos moradores da região, com destaque para algumas histórias emocionantes sobre a vida de personagens que a Dominus e o autor encontraram pelo caminho.

Antes mesmo de ser lançada, a obra recebeu criticas positivas de pessoas ligadas de alguma maneira ao meio cultural, como a Embaixadora da Paz por Genebra - Suíça, Clevane Pessoa, que não esconde sua emoção ao comentar sobre o que leu:

“Ler este livro é viajar com os missionários da Banda Dominus, através dos relatos de Joubert Amaral, que registra as emoções de uma jornada onde, através da música - linguagem universal - tocam a alma das pessoas e despertam paz, fraternidade, alegria e, sobretudo, fé”.

Vale ressaltar, que toda a renda arrecadada com a venda dos livros, será destinada a Associação Arte pela Paz, entidade sem fins lucrativos que promove a inclusão social através da arte, na cidade de Belo Horizonte em Minas Gerais.

Com texto de Joubert Amaral, fotos de Horual Leon e ilustrações do artista plástico Elton Caetano, o livro Dominus - Uma Missão e suas Histórias, será lançado no dia 29 de dezembro a partir das 19:30hs na Boutique do Livro – Av. Antônio Olímpio de Morais, 487, Centro, Divinópolis, Minas Gerais. Pessoas de outras cidades podem adquirir o livro pelo site www.dominusbh.com ."



Para agendar entrevistas ou requerer mais informações: (31) 8482 7724

LANÇAMENTO EM DIVINÓPOLIS:
29/12/2008 - BOUTIQUE DO LIVRO

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Versos Inúteis-Fernando Azevedo




Fernando Azevedo possui aquela espécie de pudor a parecer tão bom poeta quanto é.O adjetivo do título, de forma alguma coaduna-se com a qualidade dos poemas expostos quais estrelas ao nosso olhar.

Natural de S.Luiz, a terra de Gonçalves Dias (que "tem palmeiras onde canta o sabiá", sim!)cognominada "Ilha de Amor", nasceu na conhecida "Rua do Norte", no Bairro de São Pantaleão.Quando ali residi, morava não muito longe, num bairro chamado Apicum.Nem sei mais se era tão perto, mas em S.Luiz enm andava muito a pé....

O maranhense tem alma absolutamente poética, invadido de beleza, inundado pelo mar com cor de rio, aromatizado pelo olor das juçareiras (uma espécie de açaizeira),cresce ao ritmo do mar, do Boi (ah, os muitos bois rivais desse Estado ímpar (boi de matraca, boi de axixá...), do Tambor de Criola,alimentado por camarões rosados, arroz de cuxá,caldeirada de peixe, beijus e um tanto mais de guloseimas imperdíveis...

Apesar de haver morado em vários outros Estados e cidades do próprio Maranhão, desde 93, o poeta afixou-se à Ilha natal e é de lá que chega-me esse "Versos Inúteis".Eu os rebatizaria de Versos In/Úteis :versos na utilidade da beleza onteste e necessária de um ritmo tão prazerosos , que se lê e relê...

Da capa, a foto-e a editoração, é de outro poeta, esse muito meu amnigo:Kiko Consulin (*),nativo do Paraná, mas agregado há anos aos moradores de S.Luiz , para onde retornou depois de haver trabalhado em Timon, no Maranhão, bem na fronteira com o Piauí.

Publicado em 2008, Versos Inéuteis parte agora para uma edição segunda.Bom sinal.

Do estilo de Fernando Azevedo, chama a atenção,a força da palavra rara, as expressões de sutentação e convencimento da idéia poética :

"Amo a tua beleza inadjetivada
e a alegria que emana)
(raios de um sol sempre nascente)
do teu óptico sorriso."(...)

(in Cantiga Para a Menina da Praia)

Observe-se a conotação instigante de "iandjetivada", a noção de perenidade sinalizada por um sol que nasce e renasce de si e a inovação desse "sorriso óptico".Um deslimbramento que lhe toca a alma e que ele assim traduz.

No entanto, na busca do verbo, ele é capaz de permanecer indeciso:


"Como dizer essa palavra
essa absurda poesia
que não é flor nem estrume,
apenas lágrima,
lágrima e ferrugem,
em meio à noite sem trovas?"

As passagens, busas e viagens, também marcam seus registros de buscas, ora informa que voltou a vagar pelas ruas medievais, ele, que muito foi andante,aforma-se a seguir a vida, mas mantém muitos vezes, um sintomático gerúndio:"Mas vou seguindo"(...)"Vou seguindo "(...)Certamente, qual em outro poema, o versos:"(...)queromestar dentro do barco, indo".

É por isso que a capa tão bem reflete esse movimento de procura e viagem.E , na leitura, um deleite:encontrar afirmativas e decretos originais e fortes, cuja beleza é para citar e que obrigam a repensar conceitos.

Um dos versos mais belos, explica o medo:

(...)"uma ruptura no continuum espaço-temporal(...)
(in Reminiscencia)

Além de sua alma arder à luz solar ilhéu, brinca com o mar,corre "embriagado de lucidez,/na fímbria de seu imenso vestido/de águas e algas!" Que bela metáfora para as ondas!Ele ama, e tudo que faz, tem um entrelace com as ardências de um coração apaixonado, todavia, clana:

"Porque te amo, não te quero,
que a posse é a morte do desejo
e o desejo é a força que move o homem"(...)
(in Desapego)

E esse homem que arde e quer "dançar na fímbria do Atlântico", lembras as pessoas de qualquer idade, das crianças aos idosos, que todos os dias, recolhem.Essa reutilização da beleza, são os versos que oferece ao leitor, nada, nada mesmo inúteis.

Espero que o Poeta Fernando Azevedo continue poetizando o cotidiano, analisando seu interno, lapidando as agruras cortantes,descrevendo o seu entorno.A paisagem fica ainda mais bekla e o sol, por certo, doura-se e aquece a alma dos leitores...

Clevane Pessoa de Araújo Lopes

Poeta Honoris Causa pelo Clube Brasileiro de Língua Portuguesa , para oito países lusófonos.

Acadêmica da AFEMIL-Cadeira Cecília Meireles.

Diretora reg. do InBrasCi em belo Horiznte, MG

(*) Kiko Consulin trabalhou meu livro ludus "Olhares, teares, Saberes"-e ontem comunicou-me que está quase saindo do forno.Ele é ótimo diagramador e poeta de excelência maior.

FOTO:Praia do Calhau.Fonte(navegue até lá, para ver mais imagens da Ilha do Amor, S.Luiz):--->www.panoramio.com/photo/886087

Cantigários-Editora Guemanisse





Cantigários

26 de setembro de 2008


"Cantigários é mais que um livro de excelentes crônicas ou um método de violão elaborado por um expert no assunto. É mais que a apresentação de um projeto cultural, uma vez que tem, em sua execução, o objetivo maior de contribuir para sacudir a mesmice que a indústria cultural nos vem impondo desde a década de 80.
Trata-se de uma obra que se pretende manter fiel ao seu dístico propositalmente provocador, pois se dirige àquelas pessoas “que ainda não adquiriram o estranho hábito de salivar toda vez que a mídia estala os dedos”. Hábito estranho, em termos, uma vez que a sedução (e conseqüente controle) da mídia sobre as sociedades, se transforma gradativamente num fato corriqueiro, de difícil estranhamento. O poder avassalador dos meios de comunicação de massa, num sistema capitalista globalizado, mesmo, como diria Edgard Morin, que sejam as “mais humanas de todas”, um simulacro de arte comercializado “a varejo, os hectoplasmas de humanidade, os amores e os medos romanceados, os fatos variados do coração e da alma”."



André Prado / Cecilia Macedo / Clevane Pessoa de Araújo / Demerval C. Ribeiro / Eduardo Selga da Silva / Esther Lima / Germano de Carvalho Rabello / Jairo de Lima Alves / João Geraldo Lopes Gonçalves / José Ignacio Coelho Mendes Neto / Karina Araújo Campos / Leopoldo Luiz Sliwak / Marcelo peon Ribeiro / Marília Gessa / Marlon Vieira Trigo / Thadeu Vaz / Vinícius Muniz / Alexandre Guichard

(Fonte:http://www.guemanisse.com.br/content/view/129/40