segunda-feira, 13 de abril de 2009

Saciedade dos poetas Vivos-estou no número 5, em boa companhia, claro





Fonte:
* Verdeveredas-->http://www.45graus.com.br/verdeveredas.php?m=10&a=2008
Originalmente, a antologia virtual pode ser aberta e lida em www.blocosonline.com.br



Conheça a Antologia "Saciedade dos Poetas Vivos"
"Saciedade dos Poetas Vivos nº 5"




Poetas:
Antonio Carlos Secchin

*Clevane Pessoa de Araújo*

Christina Ramalho
Dora Dimolitsas
Dora Tavares
Évanes Pache
Geraldo Carneiro
Jania Souza
Juçara Valverde
Luiz Otávio Oliani
Luiza Josefina Varaschin
Marco Faria
Marcos Freitas
Maria Helena Bandeira
Neuza Ladeira
Ricardo Alfaya
Vera Casa Nova

"Nos últimos dias de outubro de 2006 lançávamos a Saciedade dos Poetas Vivos Digital nº 1. Ainda não comemoramos um ano, portanto, e estamos no quinto volume, havendo poetas nos perguntndo já pelo próximo. O conjunto de vários fatores contribuem para este êxito inconteste, tornando o projeto diferente em um momento em que em geral privilegia-se mais a quantidade de participantes do que a qualidade estética: 17 poetas apenas (fazendo com que todos se sobressaiam mais), escolha seletiva criteriosa, enorme carinho pelos poetas convidados, intenso amor pelo projeto e a certeza de estarmos, em cada volume, apresentando propostas poéticas relevantes e significativas, incluindo nomes renomados da poesia brasileira, dando brilho ainda maior ao nosso trabalho – de garimpo literário, como costumamos descrevê-lo.

O tema deste volume nº 5 é NOTURNOS: Noites, noitadas e madrugadas: as noites temporais – com suas luas, estrelas, brilhos, insônias e boemias – e as simbólicas, envolvendo trevas, escuridão, desesperança, obscuridão, cegueira, ignorância, morte. Noites altas, noites fechadas, noites em claro, noites mortas, novas noites. Registros, flashes de momentos e sentimentos, de paixão ou solidão, de descanso ou tumulto. Noturnos: berceuses ou notas inquietantes de harmonia polifônica, a noite como boa ou má conselheira. As madrugadas e suas inerentes ressurreições.

Toda a carne, à meia-noite,
silenciará.
E a voz da primavera anunciará,
correndo,
que, apenas amanheça o dia,
a morte estará vencida,
pelo esforço da Ressurreição.

- Boris Paternak
(trad. Haroldo de Campos)

Lúcidos e trans-lúcidos os dezessete poetas da Saciedade dos Poetas Vivos Digital nº 5 nos deliciam com seus mais diversos e exuberantes compassos: com a poesia intimista de Clevane Pessoa; com a filosófica, de Christina Ramalho; com a lírica de Dora Dimolitsas; com a fotográfica de Dora Tavares; com a minimal de Évanes Pache; com a realista de Jania Souza; com a passional de Jussara Valverde; com a melódica de Luiza Varaschin; com a existencial de Luiz Otávio Oliani; com a dramático-teatral de Marco Faria; com a sinestésica de Marcos Freitas; com a crítico-surreal de Maria Helena Bandeira; com a fragmentária de Neuza Ladeira; com a evocativa de Ricardo Alfaya; com a reflexiva de Vera Casa Nova.

Para completar nossos dezesete poetas, convidamos dois nomes sobejamente conhecidos e reconhecidos no cenário literário brasileiro. Temos muita honra e prazer de contar com a poesia de Antonio Carlos Secchin, professor catedrático de literatura da UFRJ, Prêmios Nacionais como poeta da Fundação Biblioteca Nacional e PEN Clube, e membro da Academia Brasileira de Letras; e Geraldo Carneiro, poeta, ensaísta, tradutor de Shakespeare, letrista, dramaturgo, roteirista de cinema e da TV Globo.

Na boca da noite, as vozes desses poetas ecoarção em sua vida, seja qual for a hora em que eles forem lidos. Carpe noctem."

Urhacy Faustino e Leila Míccolis
EDITORES

Lançamento oficial: 17 de setembro de 2007


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Créditos:
Capa: Vande Rotta Gomide
Título: Eduardo Feijó Netto Machado
Seleção de textos: Leila Míccolis
Webmaster: Urhacy Faustino

http://www.blocosonline.com.br/home/index.php

Borboletas nos Jacatirões,de Luiz Carlos Amorim



Foto:Luiz Carlos Amorim

BORBOLETAS NOS JACATIRÕES e LUIZ CARLOS AMORIM.

Clevane Pessoa de Araújo Lopes


Luiz Carlos Amorim, prosador de finíssima poesia, tem um especial amor pelas natureza e ama as flores de forma explícita em seus escritos.
Um dos prazeres de 2007,foi receber seu encantador BORBOLETAS NOS JACATIRÕES.
A capa,de Jonnny H.Kamigashima, tem o poder de, na concepção artística, literalmente colocar o autor entre flores e borboletas.

Quando lhe escrevi sobre a palavra "jacatirão", segui-se uma troca mui rica, onde eu falava de manacás-da-serra(conforme os conhecia aqui na Minas Gerais), ele me enviava fotos tiradas por ele mesmo, dos jacatirões.
.
BORBOLETAS NOS JACATIRÕES é da Editora Hemisfério Sul, em cujo Conselho Editorial está a Urda Alice Klueger, de quem temos publicado textos em meu blog (http:itaquatiara.blogspot.,com),Viegas Fernandes da Costa e Enéas Athanásio. A consultora de Português da editora é Daise Fabiana da Costa. Considero da maior importância essa consultoria. Muitos selos bem intencionados não submetem a obra ao olhar experiente de quem pode fornecer um parecer abalizado ao autor. A editoração é do capista mencionado, Kamigashima.

Cronista por excelência, Luiz Carlos Amorim, do Grupo "A Ilha", catarinense com formação na faculdade de Filosofia,Ciências e letras de Joinville,é no Brasil, um dos pioneiros na ocupação de espaços públicos, urbanos, não convencionais, para a apresentação da POIESIS:

São dele os projetos:

POESIA NO SHOPPING
POESIA NA RUA
POESIA CARIMBADA
PACOTE DE POOESIA
POESIA NA ESCOLA.

O Grupo Literário "A Ilha", dá um perfeito modelo de resistência,(qual o PSIU PoÈTICO, em Montes Claros ,MG):Mais de duas décadas (quase três, na verdade), de várias ações e intervenções de sucesso.
A idéia do Varal de Poesia, tão sobejamente imitado ( felizmente), tirava o Poeta de uma redoma , poemas de gavetas e o levava para apresentações publicas, emn saraus, praças, bares, enfim , onde a voz pudesse ser erguida.isso uniu sobremaneira os poetas, abriu-lhes oportunidades e levou o gosto pela Poesia além dos limites de um ócio que não mais pode ser aceito.É tendência mundial que as Artes e as Letras invadam perspectivas vpárias urbanas, entrosando o cidadão comum com autores e obras.BORBOLETAS NOS JACATIRÕES, um dos 22 livros de Luiz Carlos Amorim, apresenta ao leitor a esplanação leve e descontraída de seu autor.As rememórias unem-se a informações úteis e interessantes.Todas as relembranças de infância nos trazem , bem além da nostalgia, a devolução desse próprio período de vida.Há uma certa nostalgia, mas sempre permeada de energia e experiências de vida.O autor sabe tocar a alma do leitor:

(...)"Acho que gostaria de ter um dia,apenas mais um dia para mim e meu pai,para que pudéssemos preencher esse vazio,essa falta de alguma coisa que poderia ter sido,mas não foi,poderia ter existido,mas não existiu,poderia ter acontecido, mas não aconteceu.Essa sensação de amor contido,desperdiçado.Perdido.
Sinto saudade de ter saudade de meu pai".

O cronista é de uma filosofia de vida clara e consistente.O estilo jamais cansa, é agradável e ,muitas vezes, comovente.Colore e movimenta com os pensamentos papilonáceos, que tanto pousam em copas floridas, quanto descem às beiras de rio, pulsam em beirais,e, vibrantes, ascendem no espaço.
Belo livro.
Clevane

Publicado também em http://br.geocities.com/prosapoesiaecia/amorimautores.htm